sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Filosofia Moderna


A teoria dos Ídolos de Francis Bacon.                                                   

                Os ídolos segundo Francis Bacon são noções falsas que invadem o intelecto e dificultam o acesso à verdade, logo a função primordial da teoria dos ídolos é conscientizar os homens das falsas noções que barram o caminho rumo a verdade.     

                  Portanto, a primeira etapa é identificar os ídolos para então, posteriormente, libertar-se deles. Sendo assim,   resta a identificação dos ídolos que segundo Bacon são quatro: [1] Ídolos da tribo; [2] Ídolos da caverna; [3] Ídolos do foro ou do mercado e; [4] Ídolos do teatro. Se os ídolos que barram o conhecimento humano são quatro, vejamos na sequência a definição deles e suas aplicações no processo que podemos considerar destrutivo.

         [1] Ídolos da Tribo: “se alicerçam na própria natureza humana e na própria família humana ou tribo”. O ídolo da tribo tem sua origem no próprio intelecto humano que mistura a natureza das coisas. Desta forma há uma confusão mental que segundo Bacon ocorre quando o intelecto sofre influência da nossa vontade e dos afetos, de forma a confundir a natureza das coisas com aquilo que projetamos delas.  
        [2] Ídolos da Caverna: São advindos de cada indivíduo quando preso a uma espécie de caverna pessoal. Isso se deve pois, os homens procuram as ciências em seus pequenos mundos, não no mundo maior, que é idêntico para todos os homens. Portanto, os ídolos da caverna perturbam o conhecimento, uma vez que mantém o homem preso em preconceitos e singularidades.
        [3] Ídolos do Foro ou do Mercado: São ídolos, que através das palavras, penetram no intelecto. Provenientes do intercâmbio entre os homens, os ídolos do mercado, existem devido o mau uso da fala. Como essa troca entre os homens se dá por meio da linguagem, os ídolos do mercado existem devido a uma inadequada atribuição aos nomes.
        [4] Ídolos do Teatro: Ocorrem pela adesão a diversas doutrinas filosóficas e por causa das péssimas regras de demonstração delas. Bacon chama de ídolos do teatro porque considera que sistemas filosóficos foram preparados para serem representados em um palco. Para isso é necessário um novo método, deixando de permanecer nesse teatro que nos mantém longe da verdade universal.   

René Descartes
             Abordemos agora a ideia de dúvida metódica no pensamento de René Descartes, que por sua vez afirmava que, para conhecer a verdade, é preciso de inicio, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida. É necessário analisar criteriosamente. Fazendo uma análise da aplicação da dúvida metódica o filosofo percebeu que a única verdade totalmente livre de dúvida era que ele pensava, deduziu então que se pensava existia moldou então “Penso, logo existo”, seria esta, portanto, a única verdade absoluta e princípio básico de toda a sua filosofia.      Todavia, é preciso ressaltar que o termo pensamento é utilizado por Descartes em um sentido amplo, abrangendo o ser humano como o todo. Assim para ele o ser humano é um ser humano é uma substância essencialmente pensante.
              René Descartes apresenta ainda a ideia do dualismo, a mente é uma substância distinta do corpo. No dualismo, o conceito de mente pode ser aproximado ao conceito de intelecto, de pensamento, de entendimento, de espírito e de alma do ser humano. Descartes propôs o dualismo das substâncias (que seriam uma entre duas coisas: res cogitans ou res extensa). Para ele o espírito e o corpo seriam nitidamente distintos. Espírito e matéria constituiriam dois mundos irredutíveis, espírito seria do mundo do pensamento, da liberdade e da atividade; e matéria seria do mundo da extensão, do determinismo e da passividade. Para ele, somente em Deus elas poderiam ser reunidas e formar uma só substância. Corpo e alma seriam substâncias finitas que de Deus proviriam, isso é, seriam fruto de um ser de substância infinita.    Como uma substância finita poderia derivar de uma substância infinita? E ainda por analogia, somente no ser humano se encontrariam, com se amalgamadas, a alma e o corpo, que ao sentido parecem quase indistintas e não separadas. Mas Descartes não considerava possível algo apreendido dos sentidos.
             O espírito (com seu pensamento e o intelecto) estaria para o corpo assim como a mente estaria para a alma. Assim a mente seria aquilo que do espírito parece distinto, mas realmente não é distinto, continua sendo res cogitans.  Somente a mente pareceria distinta porque se apresenta quase estática, já que é reflexiva, por sinal, quase palpável; enquanto o espírito aparece aos sentidos como ativo, criativo, mutável etc.
 O método cartesiano e suas regras.
       O método consiste em regras para utilizar bem as duas operações fundamentais da razão: a intuição e a dedução. Consiste acima de tudo em pensar por ordem. O essencial é organizar o nosso pensamento, evitar a confusão, e só pensando por ordem isso se consegue.
        1ªRegra - Regra da evidência
     «Nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa sem a conhecer evidentemente como tal, evitando cuidadosamente a precipitação e a prevenção (pré-conceito ou pré - juízo); A observância deste preceito implica o uso da dúvida. Quer dizer, devemos submeter à dúvida todas as opiniões recebidas de forma a descobrir o que é decisivamente certo e o que pode assim construir o fundamento do edifício da ciência. Verdadeiro é sinônimo de indubitável.A evidência que é exigida é a evidência racional. Trata-se de exigir que todo o conhecimento seja fundado na razão. 2ª Regra - Regra da análise ou da divisão
       «Dividir cada uma das dificuldades que tivesse de abordar no maior número possível de parcelas que fossem necessárias para melhor as resolver» 
      3ªRegra - Regra da síntese.   
      composição ou regra da ordem e da dedução
      «Conduzir os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer para subir pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais compostos e admitindo mesmo uma certa ordem entre aqueles que não se prendem naturalmente uns aos outros»  Precisamos dispor de todas as nossas ideias numa ordem tal que cada uma seja precedida de todas aquelas de que depende e que preceda todas aquelas que dela dependem.
      4ªRegra - Regra da enumeração
        «Fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais que tivesse a certeza de nada omitir»  Este processo de enumeração e revisão é necessário para determinar tudo o que se liga a uma dada questão para podermos chegar a uma percepção, por assim dizer, intuitiva das longas cadeias de razões que desenvolvemos.  Descartes sabe que a dedução também é um processo necessário (que não basta a intuição)








Referências Bibliográficas:
Cotrin, Gilberto; Fernandes, Mirna. Fundamentos de Filosfia. 1º Ed. São Paulo: Saraiva,2010.  portaldaphilosophia.blogspot.com.br: Acesso em 17/11/12 às 10hs 27min. 








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